segunda-feira, 25 de maio de 2015

Haitianos e senegaleses chegam a Florianópolis vindos do Acre

Dois ônibus com 18 imigrantes haitianos e 25 senegaleses chegaram a Florianópolis por volta da 1h da madrugada desta segunda-feira (25). Eles haviam saído de Rio Branco, no Acre, na última quinta-feira (21), depois que o Ministério da Justiça suspendeu viagens para São Paulo.
O grupo foi recebido no ginásio Saul Oliveira, conhecido como Capoeirão, na região continental da capital catarinenses. A prefeitura informou que não foi oficialmente notificada, mas montou um esquema de emergência para receber os imigrantes. Houve arrecadação de roupas, cobertores e produtos de higiene pessoal.
Entre os haitianos que chegaram a Florianópolis, alguns afirmaram que pretendem buscar empregos em cidades onde já têm parentes e conhecidos, como Criciúma, no Sul do estado, e Concórdia, no Oeste. Já entre os senegaleses a preferência é por cidades gaúchas como Porto Alegre e Passo Fundo.
Nesta manhã, equipes do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof) e do Sistema Nacional de Emprego (Sine) começarão a fazer o cadastramento desses imigrantes.
Protesto contra envioNo domingo (24), o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, anunciou que vai formalizar um protesto no Ministério da Justiça pelo "envio indiscriminado de imigrantes" para a capital.
Estrutura montada
Uma estrutura foi montada no Ginásio Saul Oliveira, conhecido como Capoeirão, para abrigá-los. Dois ônibus com imigrantes haitianos e senegaleses saíram do abrigo mantido pelo governo do Acre em Rio Branco com destino à região Sul do Brasil na quinta (21).

“Esse não é um protesto contra os imigrantes, mas sim contra a forma como o governo federal e o Estado do Acre estão agindo. O protesto é contra a transferência de responsabilidade ao município e também pela maneira como o governo federal e o governo do Acre expuseram os imigrantes, com absoluta falta de planejamento e sem qualquer comunicação oficial à prefeitura”, afirmou Cesar Souza Junior.
Segundo o prefeito, o Ministério Público Federal também deve ser acionado. “O que não podemos permitir é que uma rota direta seja instituía por um governo estadual. Não temos estrutura para ficar recebendo imigrantes”, declarou o prefeito.

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