terça-feira, 19 de maio de 2015

Funcionários do transporte coletivo da Capital decidem por estado de greve

Na primeira das três assembleias dos trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis nesta terça-feira, a categoria votou pelo início do estado de greve. O  Sindicato do Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb) ainda realizará dois encontros, às 15h e às 19h, para confirmar o indicativo de greve e decidir que tipo de manifestação será feito:

— Existem três possibilidades: greve geral com interrupção total do serviço, operação tartaruga, quando os ônibus trafegam com a metade da velocidade permitida na via, ou a greve somente dos cobradores, em que a população tem acesso liberado nos veículos, pela porta traseira —  explica o secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato do Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb), Dionísio Linder. 

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Segundo Linder, não há definição de data ou horário para início da mobilização. Se confirmada a preferência da maioria dos trabalhadores nas outras assembleias, o Sintraturb vai protocolar na Prefeitura o estado de greve — o que só deve ocorrer nesta quarta-feira, em função do término da última votação —, e o poder público terá três dias para se posicionar e providenciar ações que minimizem impactos de uma possível paralisação à comunidade. 

Linder afirma, ainda, que a categoria segue com as mesmas reivindicações que motivaram a última paralisação, em 15 de abril, como a manutenção dos postos de trabalho dos cobradores, reajuste real dos salários e aumento do vale-refeição. Segundo ele, há também a exigência de um plano de saúde que preveja acompanhamento médico aos trabalhadores, que são constantemente submetidos a tensões como trânsito, filas e atentados aos veículos.

Por telefone, a assessoria de comunicação da Secretaria de Mobilidade Urbana de Florianópolis disse que a Prefeitura só irá se pronunciar após a realização das assembleias do Sintraturb. 

Já o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes da Silva, diz que respeita a mobilização do Sintraturb, mas lembra que é impossível chegar a uma decisão agora sobre a questão dos cobradores.

— A situação está sub júdice, ou seja, a cláusula sobre os postos de trabalho dos cobradores está em julgamento no Tribunal Superior do Trabalho. Até lá, não temos como negociar nada. Não somos nós quem vamos decidir sobre isso — defende.

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