Um morador de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, morreu ao ser baleado pela Polícia Militar durante uma festa em sua casa por volta das 3h30 de domingo (6). Segundo os agentes, eles foram ao local para atender denúncia de perturbação do sossego e revidaram aos disparos feitos pelo proprietário da casa que atingiram um policial no peito e outro nas pernas.
De acordo com a PM, a guarnição recebeu três reclamações pelo barulho causado pela comemoração. Quando chegaram ao local, os participantes, além de ofenderem, jogaram pedras contra os policiais. Para não machucar as pessoas que, segundo os PMs, estavam visivelmente alcoolizadas, foi usado gás de pimenta. O dono da casa revidou com tiros de pistola contra os policiais.
Armas na festa
Segundo a PM, um disparo atingiu um policial no peito. Três tiros feriram as pernas de outro agente. Para se defender, eles atiraram contra o proprietário da festa que morreu na hora. Durante a troca de tiros, uma mulher de 36 anos, que participava da comemoração, ficou ferida nas nádegas.
Outros policiais foram chamados para auxiliar na ocorrência. Dois homens investiram contra eles e foram imobilizados. Com um, de 49 anos, encontraram na cintura um revólver calibre 38 com cinco balas.
Na residência, a PM localizou no quarto do proprietário uma espingarda calibre 28 com vários cartuchos, três coldres de couro e 10 munições calibre 32.
Os dois policiais baleados, segundo a PM, e a mulher ferida passam bem. Tanto a viatura da polícia quanto um Gol do dono da casa, que estava na garagem, foram danificados pelos tiros.
Recuperação
De acordo com o chefe de comunicação da Polícia Militar de Santa Catarina, major Volnei Aires Pilonetto, um inquérito policial militar deve ser aberto para apurar as circunstâncias da morte do homem e das agressões dos policiais e as responsabilidades de cada um.
"Vinte quatro horas após a ocorrência, a equipe de psicologia da PM já iniciou o atendimento dos praças feridos. A situação foi traumática, pois uma vida se perdeu, houve feridos, então é fundamental essa averiguação psicológica. A equipe destes policiais também será atendida. Assim que eles estiverem fisicamente recuperados, retomam sua rotina de trabalho", explica Pilonetto.
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