Foi presa, na madrugada desta segunda-feira (27), Antônia Terezinha Rodrigues, 34 anos, que é suspeita de ter efetuado, no último sábado (25), dois tiros que atingiram as costas da ex-prefeita de Bocaina do Sul Marta Regina Góss. A vítima faleceu horas depois do crime, no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages.
Depois de receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar (PM) encontrou a mulher com uma arma na BR-282, Km-183, próximo à localidade Ponte Alta. Segundo o agente de Polícia Civil Alexandre Silva Poroski, ela estava pedindo por comida, água e uma carona para Lages. “Ela disse para a pessoa que denunciou que estava armada, mas jogaria a arma fora se conseguisse carona”, conta.
Logo após ser presa, ela foi encaminhada pelo Samu para o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, pois estava debilitada. Depois, foi levada até a Central de Polícia, onde o delegado José Roberto de Castro emitiu o flagrante. “Desde que o crime ocorreu, as polícias Civil e Militar se uniram e não pararam as diligências até encontrá-la, por isso o flagrante foi feito”, disse Poroski.
Antônia não se manifestou quando foi presa, ela está no Presídio Regional de Lages, no bairro São Cristóvão, onde permanece à disposição da justiça.
Advogado alega que suspeita de matar Marta não planejou crime
O advogado de defesa Paulo Hoeschl Marques diz que sua cliente Antônia Terezinha Rodrigues não premeditou o crime, como havia sido publicado na edição desta segunda-feira (26) do Correio Lageano, com base nas informações de moradores de Bocaina do Sul.
Marques afirma que Antônia não sabia que a ex-prefeita iria visitá-la. “Não havia um horário marcado e ela não convidou Marta”, conta.
De acordo com ele, Antônia vinha sofrendo ameaças por parte da família do assassino de seu irmão,Nasareno Rodrigues Corrêa. Ele foi morto com vários ferimentos pelo corpo no dia 26 de janeiro deste ano. “Ela já tinha registrado boletim de ocorrência por este motivo”, completa.
Paulo Hoeschl Marques não soube dizer como o crime ocorreu, se a arma estava perto de Antônia e se ela confessou o assassinato. “Não tive tempo de conversar com ela, quando tiver mais informações, eu comunico”, enfatiza.
A princípio, Marques conta que as duas começaram a discutir por causa de política, mas depois elas brigaram porque a ex-prefeita indicou um advogado para o suposto assassino do irmão de Antônia, chamado José Augusto da Silva.
Crime
O assassinato ocorreu no final da tarde de sábado, depois de Maria Aparecida Rodrigues, que é mãe de Antônia, sair para visitar uma amiga, junto com uma vizinha. A ex-prefeita foi até a casa para pedir votos a um candidato à presidência, quando ela e Antônia teriam começado uma discussão por política e depois pela indicação do advogado por Marta. Em seguida, Antônia teria disparado dois tiros pelas costas da ex-prefeita e fugiu para um matagal.
(Fonte:CL)
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