Criminosos atearam fogo em um ônibus da empresa Insular, no bairro Saco dos Limões, em Florianópolis. A ação ocorreu por volta das 23h deste domingo, na Rua Jerônimo José Dias. Segundo a Polícia Militar, o veículo ficou destruído pelas chamas.
Equipes da PM estavam no local para apurar o incidente até por volta da 0h de segunda. As primeiras informações indicam que os suspeitos fugiram em um carro roubado há algumas semanas na região. O veículo de transporte público estava operando normalmente quando foi incendiado.
Este foi o nono caso de ação criminosa entre a noite de sexta-feira (26) e a deste domingo (28). No total, cinco veículos foram incendiados, dos quais quatro ficaram destruídos. Dois ônibus foram queimados em São José, um em Palhoça, outro foi alvo de tentativa de incêndio em Tijucas e o último destruído na capital catarinense. Além disso, na madrugada deste domingo (28), duas casas de policiais militares foram alvo de disparos por arma de fogo, bem como um posto da Polícia Civil. Também foi jogado um coquetel molotov em um posto de combustíveis, mas o local não foi incendiado.
A Polícia Militar acredita que estas ocorrências possam estar correlacionadas, mas a equipe de inteligência apura os fatos para confirmar a hipótese. Por causa dos incidentes, as linhas 'Madrugadão' das empresas Insular e Estrela foram canceladas na madrugada desta segunda-feira (29). Os itinerários da manhã em toda a Grande Florianópolis estão mantidos, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade.
Reforço no policiamento e segurança a ônibus
Na tarde deste domingo (28), o governador em exercício, Nelson Schaefer Martins, afirmou que os órgãos de segurança do Estado estão em alerta após os incêndios em ônibus e disparos de arma de fogo contra casas de PMs e um posto policial na Grande Florianópolis. Todas as ocorrências são investigadas pela equipe de inteligência da Polícia Militar. Segundo o governador em exercício, a atenção foi redobrada pois os atos levantaram a hipótese de uma onda de atentados.
Uma reunião entre oito empresas da Grande Florianópolis, comando da PM, Departamento de Transportes e Terminais (Deter) e Prefeitura da capital, também foram adotadas medidas para tentar evitar novos ataques a ônibus. Entre as ações está o monitoramento velado e ostensivo das linhas que passam por áreas consideradas vulneráveis ou em pontos críticos à noite. Também foi criada uma rede de comunicação instantânea entre as empresas e a PM.
Até a tarde deste domingo, a PM havia listado nomes de oito possíveis suspeitos ligados aos ataques. Um deles estava hospitalizado e o outro morreu em confronto, conforme a tenente-coronel Claudete. Um terceiro suspeito, que também teve a participação confirmada, já era considerado foragido.
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